Museu Campos Gerais – Ponta Grossa/PR: A formatação de um atrativo turístico a partir da análise dos mapas mentais de seus visitantes

Autor: Suzimara F. Souza

Orientador: Márcia Maria Dropa

Ano: 2010

Resumo: O presente trabalho tem como principal objetivo levantar e analisar a percepção de visitantes em atrativos culturais, tendo como suporte material as exposições temporária e permanentes apresentadas pelo Museu Campos Gerais, um patrimônio cultural da cidade de Ponta Grossa – PR. Para tal será utilizada uma metodologia advinda da geografia humanista; aprimorada por Salete Kozel; conhecida como mapas mentais. Estes “mapas” basicamente representam graficamente as relações simbólicas dos envolvidos no processo que por meio de letras, números, linhas, figuras geométricas e outros articulam o real e o imaginário, a objetividade vivida e a subjetividade existente no indivíduo baseado no coletivo. As decodificações destas representações bem como a análise das mesmas seguem alguns critérios postulados por Kozel, considerando a interpretação quanto à forma, a distribuição, as especificidades e as particularidades dos símbolos presentes nas representações selecionadas. A metodologia aliada à observação participante foi aplicada ao diversificado público freqüente no museu, selecionado por duas categorias: origem do visitante (alunos de escolas e visitantes esporádicos moradores ou não da cidade) e faixa etária (a leitura de mundo modifica-se conforme a vivência do indivíduo). Os resultados apontam direções para o planejamento deste espaço museal de forma a atender as necessidades e as aspirações de seus visitantes, um dos principais resultados foi detectar a dificuldade de conceber a representação gráfica por parte dos envolvidos bem como a dificuldade de organização mental das pessoas ao se deslocarem pelas dependências do museu. Perante isso há pertinência da proposta de um guia com ima linguagem própria e direcionada contextualizando e proporcionando ao visitante um fio condutor de raciocínio a partir das exposições apresentadas. O trabalho deixa claro que entender as dinâmicas e interações entre este ambiente (museu) e seus visitantes pode ser ferramenta favorável á atividade turística, tendo em vista que esta vem se configurando, deixando de apresentar-se apenas como viagens, deslocamentos e consumos, para ser também uma atividade de vivência e experimentação.

Palavras-chave: Percepção, representação mapas mentais, turismo.