A discussão em torno da exploração turística de cavernas ganhou espaço no 1º Simpósio de Sustentabilidade no Manejo e Gestão do Turismo em Cavernas, como parte da programação do 31º Congresso Brasileiro de Espeleologia, realizado pela Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e o Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE), com apoio da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A programação desenvolvida no Campus Universitário de Uvaranas, nesta quinta-feira (21/7) contou com representantes de países ibero-americanos, na discussão de experiências nacionais e internacionais sobre manejo turístico sustentável de cavernas.
A professora do curso de Turismo da UEPG, Jasmine Cardozo Moreira, atuou como moderadora dos debates em torno de diretrizes e estratégias para o manejo sustentável de cavernas. “Com as nossas discussões, queremos construir propostas a serem encaminhadas para organizações governamentais e não governamentais, de âmbitos local, regional e supralocal, de forma a facilitar os procedimentos de planejamento, gestão, licenciamento ambiental e monitoramento de impactos ambientais de cavernas turísticas”, destaca Jasmine.
Além dessas metas, os participantes buscaram respostas às perguntas ‘Como tornar o turismo em cavernas economicamente viável?’, ‘Como resguardar a conservação das cavernas por meio do turismo?’ ‘Como colocar os planos de manejo espeleológicos em prática?’, ‘Quais os limites de decisão dos gestores de cavernas turísticas no manejo diário da visitação e do ambiente cavernícola?’, ‘Como as cavernas turísticas brasileiras devem se organizar para se fortalecerem?’.
Para os organizadores, a manutenção da espeleodiversidade possui relação íntima de dependência com as estratégias de conservação ‘in situ’ dos recursos naturais. No caso de áreas cársticas e de suas formas mais específicas de relevo hipógeo, as cavernas, estas estratégias perpassam pelas formas sustentáveis de uso, representadas, na prática, pelas diversas possibilidades de uso turístico. No entanto, a adoção de medidas ambientais de precaução, calcadas em princípios de sustentabilidade geoecológica e socioeconômica se faz necessária para resguardar a manutenção do turismo em cavernas em intervalos mais abrangentes de tempo.
Durante o simpósio, os organizadores realizaram o pré-lançamento da edição especial ‘Uso Turístico das Águas em Áreas Cársticas’ (tipo de relevo que se desenvolve sobre rochas solúveis, principalmente as de carbonatos ou calcáreos) da revista Tourism and Karst Areas, da Seção de Espeleoturismo da SBE e formalizar a Associação Ibero-Americana de Cavernas Turísticas (ACTIBA).
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