O Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), comemorando o Dia Internacional dos Museus (18/05) lançou a 11ª Semana Nacional de Museus com o objetivo de aproximar museus e sociedade, num convite à reflexão, discussão e troca de experiências sobre um tema específico. Em 2013 o IBRAM propõe pensarmos os “Museus (memória + criatividade) = mudança social”. A partir dessa provocação o Museu Campos Gerais apresenta à comunidade a exposição O semblante da vida através das máscaras,que a partir do dia 13 de maio se encontra aberta.
Historicamente, as máscaras foram criadas e utilizadas com os mais diversos fins, conforme a cultura e religiosidade do povo que as adotaram. Apresentam-se como elementos de afirmação étnica expondo características culturais específicas. Assim, existe uma considerável diversidade de formas, modelos, técnicas de confecção e aplicações. Em muitas civilizações desempenharam a função de instrumentos de rituais sagrados, de acesso ao imaginário, à história e à fantasia, sendo ferramentas de ilusão e dissimulação.
De origem africana, as máscaras eram elaboradas artesanalmente e caracterizaram-se por feições distorcidas, maiores que os padrões normais. No Antigo Egito, as múmias prestes a serem enterradas eram mascaradas e enfeitadas com pedras preciosas. Os indígenas do território brasileiro usavam as máscaras em seus rituais, simbolizando animais, pássaros e insetos; os mais velhos usavam-nas em cerimônias de cura, para expulsar entidades negativas. Na Ásia, eram utilizadas tanto em ritos espirituais, quanto na realização de casamentos. De caráter simbólico, representariam à duplicidade da vida de cada ser, de um lado humana, de outro animal, como se verifica em determinadas tribos de esquimós. No Ocidente, os antigos gregos foram precursores no uso de máscaras, adotadas nas festas dionisíacas, em homenagem a Dionísio, Deus do vinho e em rituais de fertilidade.
Como parte do acervo doado à instituição por Josué Correa Fernandes, apresenta-se nesta exposição um conjunto de 56 máscaras, sendo estas de diversas procedências, bem como de diferentes materiais e com distintas significações. Dentre as máscaras componentes da mostra foram selecionadas 20 exemplares para que os alunos da Associação dos Pais e Amigos do Deficiente Visual (APADEVI) possam visitá-la e apreciar as criações, inclusive com as descrições em braile.
A exposição permanecerá até o dia 25 de julho nas dependências do Museu Campos Gerais, sito a rua Engenheiro Schamber, 686.
Para atender a demanda do público que tenha interesse em visitar esta exposição o Museu coloca-se a disposição para o agendamento de monitorias por meio de telefone (42) 3220-3470 ou do e-mail museucamposgerais@uepg.br
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